09 março, 2013

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É no final de um dia como este em que escrevo cartas para as minhas pessoas. Algumas cheguei a enviar, outras ficaram perdidas na minha cabeça e a maioria ficou estagnada num folha de papel verdadeira ou digital. Mas hoje não tenho a quem escrever. Talvez esteja a escrever para mim própria, no final das contas. E é nestes momentos que tenho noção do quão tudo é relativo. De quão tudo pode ser possível, até o inimaginável. "Eu quero que fiques", diz a música. Só que nada permanece definitivamente. Torna-se reproduzível na memória, ficando alojado numa porta que pertence ao passado e por lá fica. Todas as coisas novas, essas são reais. Mas por pouco tempo. E eu não quero que fiques. Quis um dia, hoje só quero que te vás. De vez.