23 dezembro, 2012

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Despedi-me agora da minha nova melhor amiga, que já não o é e que, talvez num dia longínquo, o volte a ser. É sempre assim, apaixono-me pelas personagens como se fossem minhas irmãs e dou-lhes tudo o que tenho de sobra, o tempo, a atenção e, principalmente, as emoções. Sofro com elas, rio com elas, choro se for preciso, mas nunca as abandono. Pelo menos até as páginas acabarem. Agora estou de luto, um luto diferente dos outras, esta minha melhor amiga tinha de muito parecido comigo. Era maluca e tinha um apresso especial por entrar em pânico. Pena é que esta despedida é triste como todas as outras. Fico abraçada a ela, à parte teórica dela, a rever toda a sua história e a tentar fazê-la sentido. Chega a doer-me o coração. E a prateleira vai-se enchendo de melhor amigos, os melhores que poderei ter. Amanhã haverá mais um.