15 junho, 2012

Terra seca

Sou terra seca, não de amor, mas de vontade de o ter. Gosto de deixar as histórias por escrever e as músicas por acabar. Não gosto dos fins, nem dos princípios. Vivo a pensar na fase do meio, aquela em que já não se pode mudar tudo, mas em que se pode virar o rumo que o caminho de ferro toma. Amanhã, irei mais longe, chegarei tão perto, quase a tocar no céu. Mas não hoje, vou-me deixar adormecer, as terras secas precisam de descansar. Dizem que só assim se chama a chuva. E eu só preciso de chover, estou cansada de só ter nuvens a meu redor, quando o sol está de viagem e só volta quando lhe apetecer.