19 fevereiro, 2011

Coisas que nunca hão-de mudar

A miúda ia no carro, distraída, como sempre, a pensar nem ela sabe no quê, como quase sempre, quando o sinal ficou vermelho. Viu, sem ver realmente, um vulto castanho, bastante parecido com o casaco do seu pai. Continuou distraída e dois segundos depois, olhou para trás e viu-o. Sorriu-lhe, acenou-lhe. Ele fez o mesmo, como há muito tempo não o via fazer, pelo menos para si. Sorriu por dentro, cá para mim foi mais explodir de amor por dentro, tinha o melhor pai do mundo. E ali estava ele, a dizer-lhe com os olhos o quão orgulhoso estava dela. O homem que será sempre o homem da vida dela, independentemente das parvoíces que ela possa vir a fazer.