08 março, 2012

As tuas meninas

Hoje, as tuas meninas, lembraram-se de ti, mais do que é normal lembrar. Eu, porque uma colega falou de uma situação familiar de doença. Ela, porque viu as mensagens antigas que a tentavam consolar em vão depois da tua partida. Eu, tentava lembrar-me, não do momento, mas da data e da aula que estava a ter quando soube da notícia. Ela, soube pelas mensagens que foi há quase três anos. Eu, contei-lhe que a primeira memória que me ocorre é de ti a sorrir no só teu sorriso maroto. Ela, contou-me que estranhou ser já há tanto tempo. Ambas tentámos não chorar ao telefone, ambas tentámos recordar-te um pouco. O nosso consolo é que acreditamos que estejas a cuidar de nós, de uma forma que nunca conseguiste fazer enquanto ainda te podíamos ver.