30 outubro, 2011

Ilimitadas

Aconteceu, tão simples e genuinamente, porque há regras na minha família que ninguém ousa querer quebrar. Voltei a apaixonar-me. Mais uma vez, e cada vez melhor, pela pessoa por quem fui mais apaixonada a vida toda.  Essa paixão não é como as que correm na boca sem passar pelo coração, é uma das que nascem, literalmente, connosco e que nunca têm fim. Começam com o colo que recebemos quando temos memória de peixe e acabam quando a memória passa a de elefante. Morrem dentro de nós tal como crescem a cada dia que por nós passa. Mas o bom, aqui para  quem sabe guardar segredos, é redescobrir as pessoas que conhecemos há anos ao explorar os pequenos detalhes em que nunca reparámos. E perceber a quantidade de maravilhosas que são e que ainda não tínhamos acrescentado à lista. As pessoas são ilimitadas e é por isso que nos estão predestinadas, nunca nos cansamos delas, nunca as queremos fora do que nós somos. Este, sim, é o amor que todos deveríamos sentir e saber como é.