16 julho, 2011

Que pena

Um dia destes sonhei que já namoravas. Não te perguntei quem era a felizarda, não tive reacção. Apenas olhei para ti, tentando perceber se estavas feliz ou bem acompanhado. A tua expressão foi zero de certezas, zero de sentimentos. Mas acreditei, já passara tanto tempo que fazia sentido dares um rumo à tua vida. E acreditei tão bem que, quando acordei, continuava com aquele misto de emoções, de raivas e alegrias acumuladas, e apenas disse a mim mesma que bom era teres alguém. Quando me apercebi que de facto só tinha sonhado, fiquei triste. Continuava a não ter razões para desistir, para deixar de esperar. E é por isso que desejo tanto fazer algo que não costumo fazer, para que essa maluqueira me deixe sonhar mais alto, mas sonhar de verdade, e me deixe livre de ti e das memórias que, inocentemente, colocaste cá dentro. Já reparaste, ironia do destino ou ainda para nós, somos os únicos que temos vindo a não ter par. E parece que continua a ser complicado.