25 abril, 2011

O pó do sótão

Apetece-me enviar-te uma mensagem para que saibas que morro de saudades tuas. Mas de que serviria, se não é tarefa tua, nem de mais ninguém, matares-me as vontades e satisfazeres-me as necessidades? É esse o meu problema, gostar do que não devo, precisar do que não me faz bem. Se soubesses quantos rios enchi depois das horas em que juntos estivemos, talvez não achasses que era coisa de miúda. Dizem que se já dura há mais de quatro meses, então é amor. Não imaginas de que tamanho é esse, aquele que por ti vivo. Tens razão, o meu dever é continuar a mentir-me: já nada em ti me acelera o ritmo cardíaco. E quando é que me convidas para outro almoço?