18 fevereiro, 2011

Ficar ali

Apetece-me enfiar a cabeça na almofada e pronto, ficar ali. Apetece-me sentar na areia e pronto, ficar ali. Apetece-me deitar-me na relva e pronto, ficar ali. Não sei se é algum síndrome que vem e vai sem pedir licença ou qualquer tipo de disposição maquiavélica, mas é isto. Simples e sem explicação. Como um pássaro que pode voar e que lhe apetece muito mais ficar onde está sem ter de ver os outros a fazer proezas. Se eu pegasse nestes dias e os substituísse por horas de sono nos outros, eu era muito mais feliz, mais saudável e teria mais juízo. E continuo a preferir ficar ali, sem fazer nada, sem pensar em grande coisa, sem me chatear com o frio que está na rua ou com os problemas económicos desta pobre sociedade. Não é preguiça, é o cansaço que nem nas férias me dá descanso.